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26.9.03

Sobre a "invisibilidade" do "blog"... 

Não!! Não é qualquer operação de "marketing" [para aumentar as audiências do "blog", utilizando as mais modernas e futuristas técnicas de propaganda e publicidade]!! Não sabemos ainda o que se passou, mas tudo aconteceu quando foi colocada no topo do "blog" a foto da "nossa" Rocha dos Bordões; todo o texto que não está a "negrito" ou que não é "link" no corpo das entradas não aparece visível. Estamos a envidar esforços para solucionar este problema; entretanto (e como maneira de se contornar o problema) aconselha-se a que arrastem o rato [segurando o botão esquerdo] por cima do espaço em branco (ou seja, sem texto vísivel) e assim será possível lerem o texto das entradas na sua totalidade.
Pelo incómodo causado exprimimos as nossas mais sinceras desculpas [apesar de julgarmos não ser minimamente da nossa responsabilidade o presente problema].
Saudações florentinas!!

22.9.03

(conta de) Solidariedade para com o Filipe 

Só hoje nos é possível disponiblizar, aqui no "blog", o nib [número de identificação bancária] da conta de solidariedade para com o Filipe, aqui vai então: 0012 0000 29447 3383 0161. Agora fica à consciência de cada um@ [fazer o donativo]!
Saudações florentinas!!

19.9.03

... Filipe ... 

logo Era (sem a mínima dúvida) um bom rapaz. Não compreendido (ou mal) por muitos. Gozado por alguns (certamente esses, sim, deveriam ser considerados inímputaveis). Bem aceite (com as suas diferenças muito próprias) por outros. O Filipe não era mau para ninguém. Nem toda a gente sempre foi boa para com o Filipe. Agora isso pouco importa[rá]. O Filipe partiu. Ontem à tarde, na Terceira, o Filipe sucumbiu após alguns dias em estado de coma [pela sua queda da ponte da Rua da Esperança para a ribeira]. Que fique em cada um@ de nós a memória feliz, engraçada e sempre brincalhona do Filipe, agora que nos deixou. E que fiquemos também com a eterna saudade pela sua ausência.
Devido às suas carências económicas foi aberta uma conta no BCA para angariar fundos para o transporte do Filipe para as Flores para ser enterrado com a dignidade que merece. Logo que possível será aqui divulgado o nib (número de identificação bancária) para onde será possível a cada um@ fazer o seu donativo para esta [boa] causa.
Da minha parte, simplesmente: - Filipe: até sempre!!

Promessas... nas áreas da agricultura e do ambiente 

AGRICULTURA
"Apoio à actividade agrícola e pecuária (...) transformação do leite e produção de carne". Até pode ter sido atingido, até pode ser que seja positivo para o desenvolvimento [da ilha e da Região]; mas tenho sempre o pé atrás quanto a essa (quase) institucionalização da monocultura da vaca como medida central de desenvolvimento para os Açores [que me perdoem os agricultores se estiver errado, mas acho tremendamente redutor apostar quase unicamente numa cultura intensiva e destruidora dos recursos naturais no médio prazo como meio de desenvolvimento socioeconómico].
"Conclusão do caminho florestal Morro Alto-Ponta Delgada, pavimentação do caminho dos Ferros Velhos e reparações na rede de caminhos agrícolas e florestais existentes". Não ando muito (nem pouco) por eles, mas julgo que se algo foi realizado terá sido apenas (muito) parcialmente.
AMBIENTE
"Protecção e conservação do ambiente". Pleno acordo, bato palmas com ambas as mãos (e mais houvessem!). Mas nada vejo feito no que toca ao "tratamento dos resíduos sólidos urbanos" [a que já me havia referido anteriormente aqui [entrada entitulada Aterro sanitário e reciclagem (mas também redução e reutilização) de resíduos], igualmente nada se vê feito quanto à "protecção da orla marítima, eutrofização das lagoas e extracção de inertes". Boas ideias, mas que parece não terem passado do papel.
"Criação de uma Ecoteca" e "Instalação da delegação do Ambiente". Bastante positivo, mas parece-me que apenas se arranjou mais uns empregos (para @s amig@s ou, então, para @s filh@s d@s amig@s), porque a mensagem ambientalista e ecológica não passa para fora [se sequer quem lá está dentro é possuidor@ dela], assim não se criando a tal (e tão pretendida!) consciencialização ambiental da generalidade da população.

(não continua, acaba por aqui mesmo)

18.9.03

Promessas... na área das obras públicas e habitação 

OBRAS PÚBLICAS

"Continuação dos trabalhos de correcção e repavimentação da rede de estradas regionais". Não sabia sequer que haviam começado esses trabalhos no mandato anterior quanto mais que continuassem os trabalhos rodoviários neste mandato. Mais uma medida que sabe-se lá quando a teremos [que bem precisamos dela e já à muito tempo (quase) toda a gente o sabe e reconhece]!!

HABITAÇÃO

"Apoio ao sector da habitação (...) recuperação da habitação degradada". Seria uma boa medida, se não houvesse por detrás um certo maniqueísmo e manipulação para fins (e proveitos politico-partidários) próprios da pobreza dos outros. Para o ano (ano de eleições, não esqueçamos!), certamente, veremos como e quanto esta medida será prioritária (para alguns)!!

(continuará... [na próxima (e última) entrada: agricultura e ambiente]

17.9.03

Promessas... nas áreas da educação e saúde 

EDUCAÇÃO E SAÚDE

"Escola de Formação Profissional nas Lajes [...] assegurar a qualificação (...) dos jovens". Da Escola Profissional nem vê-la. Até acabaram com os dois cursos profissionalizantes [com equivalência ao secundário] que haviam nas Flores (gestão agrícola e electricidade)!! E a qualificação dos jovens das Flores não deveria passar apenas por essa dita Escola Profissional; porque não dar-lhes um outro acesso a cultura[s] (uma biblioteca de qualidade, quem sabe até um cineclube)??
"Criação do Lar de Idosos das Lajes". Uma boa ideia já concretizada! Os velhotes (alguns bem porreiros!) das Lajes bem o merecem! [Daqui aproveito para enviar um grande abraço ao Jorge Fraga! Votos de rápida recuperação dessa trombose! Queremos esse teu bom sentido de humor de volta rapidamente!]
"Criação [...] de Ateliers de Tempos Livres". Desculpem-me mas esta é daquelas que penso que não queremos vir a ter! É daquelas medidas de que se fazem "copy&paste" do programa eleitoral de outros lados! O que a malta nova das Flores precisa [penso eu] é que lhes deêm condições (nomeadamente espaços públicos, por exemplo: pavilhões polidesportivos ou espaços de lazer ao ar livre) para passarem os seus tempos livres e de brincadeiras! Não os fechem dentro de casas como nos grandes centros urbanos!
"Implementação da rede de leitura pública". Óptima ideia mas que (infelizmente!) nunca deveremos ver implementada!
"Estímulo à constituição de associações juvenis e apoio financeiro dos seus projectos e actividades". Já me referi anteriormente (ao de leve) a este assunto [entrada entitulada Mais uns dinheiritos para animar a malta...] e (por agora) não quero voltar a ele; apenas digo que em tese é boa ideia mas ao ser realizada de forma dessimulada, manipulatória e maniqueísta perde todo o seu valor; criar personagens-políticas através da instrumentalização do associativismo juvenil? Não, muito obrigado!
"Melhoria das condições de prestação dos cuidados de saúde (...) recuperação das instalações, reforço dos meios humanos". Não vejo nada concretizado. Mas, se calhar, tem a ver com o meu estado de saúde, que não consigo ver bem as coisas. A "implementação da Telemedecina" é mais uma daquelas modernices de que se faz "copy&paste" de outros manifestos de outros lugares [onde raio estão as condições técnicas e os recursos humanos qualificados para ter tal medida a funcionar nas Flores (ou mesmo até nos Açores)?].

(continuará... [na próxima entrada: obras públicas e habitação])

16.9.03

Promessas... na área da economia 

[nota prévia: nas minhas entradas sobre este assunto (esta mesma e outras que se lhe seguirão) todo o texto que aparece entre aspas ("") é retirado (sem qualquer descontextualização!) do manifesto eleitoral do PS, relembre-se que é o partido que sustenta o Governo Regional, com maioria absoluta na Assembleia Regional, ou seja, sem quaisquer incómios na persecução das suas ideias e planos para a Região (no geral) e para a ilha das Flores (no particular)]

Ano 2000... Promessas e mais promessas. Três anos se passaram. Já? Não parece mas assim é. Vamos lá ver, então, das "medidas consideradas prioritárias" no manifesto eleitoral do PS e com "cuja concretização se compremeteram" o que já temos, o que ainda não temos, o que nunca teremos e o que não queremos alguma vez vir a ter na nossa ilha.
Como se costuma popularmente dizer vai dar pano para mangas esmiuçar este assunto, assim sendo achei melhor fazê-lo em várias partes (seguindo o esquema sectorial do próprio texto em análise vamos começar pela...).

ECONOMIA

"Apoio às actividades de animação turística". Por mero acaso já me havia referido anteriormente (e de forma parcial) a este assunto por aqui [entrada entitulada Assim (não) foi A-gosto nas Flores; nomeadamente o COFIT e a Semana da Juventude], por isso no que toca à "promoção de eventos culturais" estamos conversados; "recreio náutico" deve ter passado pela água que eles estão a meter [ao nada fazer] e os "eventos desportivos" só se forem os jogos do Boavista na série Açores (que ninguém imaginaria à 3 anos atrás!). Ou seja, insere-se no que ainda não temos, mas também não sei se alguma vez teremos.
"Alargamento progressivo e sustentado do período de voos da SATA". Efectivamente já temos, este ponto (por agora) está concretizado (só é pena os voôs ao domingo durante todo o ano [aparentemente] dependerem da presença de uma equipa das Flores na série Açores).
"Apoio ao investimento turístico [...] alojamento em espaço rural". Presumo que a concretização deste ponto não tenha passado senão da benesse dada ao mandatário da lista, porque tirando esse caso mais nada se teve, nem sei se alguma vez tornaremos a ter.
"Revitalização do comércio [...] de Santa Cruz e Lajes". Que me perdoem os empresários/comerciantes empreendedores das Flores mas basta ir ao Germano, ao Arlindo, ao Braga ou ao Boaventura para se ver que este objectivo nunca poderá ser alcançado [na totalidade (e por melhores que fossem as intenções)].
"Ampliar e remodelar a aerogare do aeródromo das Flores". Bastante necessário é (e já à bastante tempo)!! Mas será daquelas coisas que não saberemos muito bem quando iremos ter [quem sabe se para o ano, ano de eleições??].
"Núcleo de recreio náutico e polivalente nas Lajes". De assuntos náuticos já falei acima, eles só metem água!
"Reabilitação, divulgação e sinalização dos trilhos turísticos". Mais uma oportunidade (e boa ideia) perdida!! No que toca à sinalização dos trilhos como poderiam tê-la feito se nem a sinalização rodoviária de Santa Cruz está em condições??

(continuará... [na próxima entrada: educação e saúde])

15.9.03

Foto e "Bola" 

Por agora esta é a única maneira [embora provisória e bastante precária] que tenho de vos mostrar a foto que tanto me irritou [e que vos tento mostrar à quase duas semanas!; mas é nisso que dá eu não perceber "patavina" de construção de páginas "web"]!!
Fiz à pouco uma breve pesquisa por alguns dos jornais regionais "on-line" [Açoriano Oriental, Correio dos Açores, A União, Diário Insular, Expresso das Nove, Jornal Diário, Açores Digital] mas não consegui encontrar nenhuma crónica do jogo de estreia do Boavista na série Açores (resultado: 2-2 em casa com o Sporting Ideal, da Ribeira Grande, São Miguel), sinal de que [nas outras ilhas] continuam sem nos ligar nenhuma (mesmo com uma equipa na série Açores)!

2 meses... breve balanço da actividade do "blog" 

Passaram-se já 2 meses desde que se iniciou a [in]actividade (mais ou menos) regular aqui pelo "blog". Que balanço se pode fazer? Dever-se-ia sequer fazer qualquer balanço que seja? Consideramos que como projecto iniciático [e utilizando um formato novo para muit@s] se deve fazer uma curta análise.
Internamente pode-se dizer que até agora nem tudo foi bom; a maior parte dos convites realizados para as pessoas participarem no "blog" (pelo menos até agora) não foram correspondidos, para além de que houve uma certa passividade (preguiça?) na escrita de textos por parte das pessoas que aceitaram participar no "blog" [que, recorde-se, está aberto à participação de tod@s, basta contactarem-nos!]. Esperemos que tudo não tenha passado de uma natural descontração e preguiça em período de férias e que rapidamente comecem tod@s a escrever para o "blog" com regularidade [e que mais pessoas se agreguem à equipa do "blog"!].
Externamente pode-se dizer que nem tudo foi mau; até agora o "blog" teve 342 visitas e 672 "pageviews". Estes dados sobre a audiência do "blog" podem ser consultados na "net": os gráficos da audiência do "blog" [visitas e "pageviews"] no 1º mês [Julho-Agosto] e no 2º mês [Agosto-Setembro] estão à vossa disposição! Há também a curiosidade de cerca de 10% das visitas ao "blog" serem provenientes do continente americano, ou seja, muito possivelmente de florentin@s emigrad@s nos EUA ou no Canadá (só é pena que essas pessoas que visitam o "blog" não queiram participar activamente, ou seja, escrevendo textos no "blog").
Em breve deveremos passar a ter por aqui alguns "cartoons" (alusivos a questões do quotidiano da nossa ilha), mas disso falaremos mais tarde (quando já for possível publica-los), fica aqui apenas a novidade para vos "fazer crescer água na boca".
Saudações florentinas!!

11.9.03

Promessas... 

A minha noção de cidadania (e de participação cidadã no dia-a-dia) leva-me a pensar que se deve questionar e avaliar o cumprimento das promessas eleitorais de quem é eleito democraticamente (ou, talvez seja melhor dizer, em sufrágio universal). Porque quem é eleito (a meu ver) não leva um cheque em branco (recebem outros cheques [todos os meses] mas de quantia certa, se bem que choruda). Aqui deixo o resumo do manifesto eleitoral do deputado do partido do Governo pela nossa ilha para as eleições regionais de à 3 anos atrás; mais tarde farei alguns comentários a essas promessas eleitorais [o seu cumprimento, a sua ligação à realidade das Flores, entre outras coisas], por agora segue o texto (para quem o quiser comentar o poder fazer desde já).

ELEIÇÕES REGIONAIS/2000
Manifesto Eleitoral
O PS e os deputados eleitos pela ilha das Flores comprometem-se com a concretização, entre outras, das seguintes medidas, que consideram prioritárias:
ECONOMIA
- Apoiar as actividades de animação turística nomeadamente as relacionadas com a promoção de eventos culturais, desportivos e de recreio náutico;
- Proceder ao alargamento progressivo e sustentado do período de voos da SATA;
- Promover o apoio ao investimento turístico, nomeadamente na área do alojamento em espaço rural;
- Promover a revitalização do comércio tradicional dos centros urbanos de Santa Cruz e Lajes;
- Ampliar e remodelar a aerogare do aeródromo das Flores;
- Construir um núcleo de recreio náutico e polivalente nas Lajes das Flores;
- Proceder à reabilitação, divulgação e sinalização dos trilhos turísticos.
EDUCAÇÃO E SAÚDE
- Criação da Escola de Formação Profissional nas Lajes das Flores, por forma a assegurar a qualificação profissional dos jovens;
- Apoio à Santa Casa da Misericórdia local para a criação do Lar de Idosos das Lajes das Flores;
- Criação, em colaboração com as autarquias e/ou IPSS's, de Ateliers de Tempos Livres nas Vilas de Santa Cruz e Lajes das Flores;
- Implementação da rede de leitura pública;
- Estímulo à constituição de associações juvenis e apoio financeiro dos seus projectos e actividades;
- Melhoria das condições de prestação dos cuidados de saúde, designadamente através da recuperação das instalações, reforço dos meios humanos e implementação da Telemedecina.
OBRAS PÚBLICAS
- Continuação dos trabalhos de correcção e repavimentação da rede de estradas regionais.
AMBIENTE
- Protecção e conservação do ambiente, nomeadamente no que concerne ao tratamento dos resíduos sólidos urbanos, protecção da orla marítima, eutrofização das lagoas e extracção de inertes;
- Criação de uma Ecoteca;
- Instalação da delegação do Ambiente.
AGRICULTURA
- Continuação do apoio à actividade agrícola e pecuária, nomeadamente nos sectores da transformação do leite e da produção de carne;
- Conclusão do caminho florestal Morro Alto - Ponta Delgada, pavimentação do caminho dos Ferros Velhos e reparações na rede de caminhos agrícolas e florestais existentes;
- Realização de obras de desassoreamento, protecção e remodelação do porto de Ponta Delgada das Flores.
HABITAÇÃO
- Reforço e alargamento das medidas de apoio ao sector da habitação, designadamente na recuperação da habitação degradada.


10.9.03

CRIME!!! [II] 

photo Espero que desta vez a foto seja bem visível para tod@s: Crime! Agressão visual!! Delapidação do meio ambiente!!! Delito ecológico!!!! Atentado paisagístico!!!!! Terrorismo ambiental!!!!!!
Linha SOS Ambiente [destinada a receber denúncias sobre agressões ambientais]: 808 200 520.

[Adenda (em 12 de Setembro): afinal a foto parece que ainda não foi desta vez que ficou visível para tod@s, estou a tratar dos problemas técnicos que impedem o seu visionamento, logo que possível estará à vista de tod@s!]

9.9.03

Estradas das Flores? "É mais seguro que continuem como estão" (assim se disse no PS/Flores) 

O estado miserável [praticamente calamitoso!] de (quase todas as) estradas das Flores não é preocupação para alguns; ouve-se dizer mesmo que [à poucos meses atrás] numa reunião da Comissão Política de ilha do PS foi dito que era melhor (mais seguro, até!) que tudo ficasse como está (ou seja, em inexorável degradação e um constante perigo público para todos). Parece que [nessa reunião] foi enunciado algo do género: o facto das estradas das Flores estarem em mau estado é bom para tod@s pois assim evitam-se acidentes porque as pessoas já estão habituadas às estradas em estado lastimoso e com as estradas em bom estado haveria, certamente, muitos mais acidentes devido a se (poder) passar a andar bastante mais depressa. De certo que é mera prevenção rodoviária, faz-me lembrar a (corrupta) fundação criada pelo "camarada" (deles!) Armando Vara. Estamos em boas mãos, estamos... em mãos que [dizem-nos] estão a mudar os Açores!!
[Ontem (á noite) a RTP1 fez um programa sobre essa tragédia quotidiana que grassa no nosso país: a sinistralidade rodoviária. Felizmente que nas Flores há poucos acidentes, mas tal facto não advem, certamente, do estado das nossas estradas! Até quando vamos "dar graças a Deus" (por não termos acidentes)??].

8.9.03

Mais uns dinheiritos para animar a malta... 

"INFOTEC - programa de apoio ao desenvolvimento da sociedade da informação", assim se chama o "menino".
É bom saber que uma resolução [do "nosso" Governo Regional] de Outubro de 2001 só tem um despacho [do mesmo Governo Regional] (para a sua implementação) em Julho de 2003 (certamente se considerou que o desenvolvimento da sociedade da informação nos Açores podia esperar).
Ainda não consegui perceber muito bem é o que é isso do combate à info-exclusão. O(s) senhor(es) do carcanhol não vê(m) como e onde é usado o dinheiro [que não é tão pouco quanto isso e sai dos impostos pagos por todos nós!]?? Que raio de exclusão informática é combatida com o tempo todo perdido no uso massivo de conversas de "chat" [como as do mIRC, a que já se chegou a chamar de conversas de "chacha"]? Com os jogos em rede onde se banaliza a violência gratuita? Para alguns basta que haja acesso a um computador mesmo que não se dê qualquer uso útil (de formação do próprio indivíduo enquanto cidadão). É a (nossa) sociedade do entretenimento!! Não da informação! Muito menos do conhecimento!! Preferem entreter-nos; enquanto estamos entretidos (devem pensar que) não vemos nem nos preocupamos com o que nos rodeia, com o que eles (não) fazem. Muito menos que [juntos] podemos pensar e opinar. Para (mais tarde ou mais cedo) agir [em conjunto]! Quem sabe?
Mas a quantia disponibilizada é graúda [nada desprezivelmente 400 mil euros]. Candidaturas ao dito programa... até ao final deste mês. Que nada de B@d aconteça! [ - Ou será associação de jovens? - Mas (dizem-nos que) os dois são uma e a mesma coisa! - Não!, cada um tem personalidade jurídica própria! - Sim, fundiram-se. - Sei lá, tanto faz desde que continuemos a ser nós que cá andemos e mandemos... (Tenho de deixar de pensar alto em público, de sofrer estes ataques de esquizofrenia e de ter estes assomos de dupla-personalidade, isso sim!)].

5.9.03

Aterro sanitário e reciclagem (mas também redução e reutilização) de resíduos 

Há um ano atrás foi assinado um protocolo entre a Associação de Municípios dos Açores [AMRAA], o Governo Regional [nomeadamente a Secretaria do Ambiente] e a Sociedade Ponto Verde, para todos os concelhos dos Açores passarem a fazer o envio para o Continente (e para posterior reutilização ou reciclagem) de papel, cartão, plástico, vidro, embalagens, pilhas, pneus, óleos e sucata [evidentemente com a (prévia) recolha selectiva desses mesmos resíduos]. No acto de assinatura desse protocolo [ocorrido em finais de Agosto de 2002!] falou-se na urgência da sua rápida implementação [pelo que se leu (à época) na imprensa regional] mas, um ano depois!, continuamos ainda sem qualquer regulamentação por parte do Governo Regional (e seria essa regulamentação que faria com que o projecto fosse rapidamente implementado no terreno). Os custos [ou sejam, os ecopontos, o armazenamento dos resíduos nos ecocentros das diferentes ilhas, o transporte inter-ilhas e, finalmente, o transporte para o Continente] seriam repartidos entre todos (ou seja, Governo Regional, municípios e Ponto Verde) ainda contando (de forma nada desprezível) com fundos da União Europeia.
Julgo que ambos os concelhos das Flores fazem parte da AMRAA através da AMIF [Associação dos Municípios da Ilha das Flores] por isso devem estar abrangidos pelo citado protocolo (apesar de este ainda não ter sido implementado, relembre-se), mas por uma pesquisa que fiz não os encontrei como "municípios activos" no que à reciclagem diz respeito.
Também ainda não há qualquer trabalho no campo da consciencialização/educação/mobilização da população para questões ambientais (principalmente nas camadas mais jovens da população, pois é aí que se ganha o futuro!; aqui está um exemplo pedagógico de como o fazer). O que não é uma questão de somenos importância [a da falta de consciência ambiental/ecológica]: quando as pessoas das Flores se derem conta que num espaço territorial [de]limitado [pelo mar] como é uma ilha a produção de lixos não pode ser continuamente crescente, certamente passarão a encara-la com muita [e maior!] seriedade (por enquanto continua-se a pensar que enquanto o lixo estiver no quintal do(s) vizinho(s) está tudo bem).
(Esperemos[!!] que) em breve tenhamos o aterro sanitário. Evidentemente que um aterro intermunicipal é bem melhor do que várias lixeiras municipais (a céu aberto, como muito bem sabemos). Mas o aterro não pode ser encarado como a resolução do problema, como a forma de podermos continuar a produzir (cada vez) mais e mais lixos. Qualquer aterro sanitário tem sempre o seu "prazo de vida" [normalmente 20 a 30 anos]. Se não começarmos desde já [e já devia ter sido ontem!!] a trabalhar para a Redução, Reutilização e Reciclagem de lixos estaremos apenas a "empurrar o problema com a barriga". A ordem da minha enunciação dos 3 R’s não foi casual: a prioridade deve ser na consciencialização para a redução da produção de resíduos [nomeada e inicialmente papel, vidro e embalagens], só depois (dessa redução) devemos ver o que poderá ser alvo de reutilização [por exemplo óleos e pneus] e (só por último!) a reciclagem.
Veja-se esta notícia; tendo em vista o próximo ano não seria (de todo!) má ideia pensar-se numa candidatura (e actuar, fazendo algo!) ao abrigo deste programa europeu [o formulário deve ser entregue até 17 de Outubro, à atenção dos senhores presidentes MP e JL!].
Ao fazer esta brevíssima abordagem ao tema do aterro sanitário nem quis entrar nas análises/opiniões bairristas, se este deve ser construído em Santa Cruz ou nas Lajes. Será que nunca aprendemos?!! Andamos anos e anos sem porto marítimo por reles e infantis brigas concelhias, vamos repetir o mesmo erro [com o aterro]?? Quem sai (sempre!) prejudicado somos todos nós!!

4.9.03

Comentários à entrevista de ML n’ O Monchique 

Uma breve nota prévia (mas que de todo se justifica fazer): estes comentários são feitos antes do Boavista se estrear em competição [Taça de Portugal (já no fim-de-semana que aí vem) e série Açores (no próximo dia 14)] para não vir a ser acusado de crítica fácil [apontar o dedo apenas quando e se as coisas correrem mal].
As minhas críticas são centradas no assinalar dos gastos públicos desmedidos [do governo e da autarquia] no apoio a um projecto [Boavista na série Açores] que não parece ter qualquer sustentáculo/apoio popular e que não deverá trazer para a ilha qualquer mudança e desenvolvimento sociocultural e desportivo a curto ou médio prazo, muito menos a longo prazo.
Cerca de 200 mil euros (até ver!) é quanto vai custar a época do Boavista na série Açores. Vejamos (e para esse valor indicativo temos): cerca de 100 mil euros do Governo Regional + 60 mil euros da Câmara Municipal; não sabia que o futebol tinha sido estatizado, mas (no caso vertente e em análise) é assim que parece!!
Ressaltou-me na dita entrevista o [actual] completo positivismo de ML. Só espero é que depois não venham em catadupa as normais desculpas de mau perdedor [pela hipotética má prestação do Boavista na série Açores]: desde os jogos de bastidores (por as associações maiores [Ponta Delgada e Angra] não quererem na competição uma equipa de uma ilha pequena e deslocada, que implica maiores custos, ou até mesmo a vingança da Horta, por este ano não ter nenhum clube do Faial na série Açores) às condicionantes da nossa ilha (mas já todas bem conhecidas! Como sejam: o vento e demais condições metereológicas no campo, as condições do piso do campo e as viagens para o exterior e os seus [possíveis] cancelamentos) passando pela escassa [ou inexistente] experiência na 3ª Divisão. Agora, e antes de começar a competição, tudo são rosas, depois... veremos.
Corroboro num ponto da entrevista de ML: "é [tudo] uma questão de inteligência", mas acrescentaria que também é uma questão de formação cultural, educação e cultura cívica ["coisas" que não costumam abundar entre as "gentes da bola"]. Vê-se bem [pelo ridículo em que cai e pela estupidez que demonstra, como ele diz] na maneira como lida com a questão de quem não o está a apoiar cegamente. Para lhe dar força (mas também para ser engraçado, como ele diz): que venha um lugar entre os cinco primeiros!!! [Como cantava o Zeca: "venham mais cinco..."].

3.9.03

Verão nas Flores 

Depois das férias (ainda) não me apetece falar de politiquices. Vou só falar de algumas coisas de que não gostei. Cenas no parque infantil de Santa Cruz das Flores - a equipa do Boavista e o seu graaaaaaaande treinador a fazerem umas corridinhas de velocidade na relvinha que devia ser só para as crianças pisarem; o meu filho a fazer maratonas de escorrega e um certo polícia reformado (não vou dizer nomes, mas a alcunha dele é o contrário de vivo... oops! já estou como a outra) a ensinar o seu cão a saltar por cima dos "sobe-e-desce" e a estar sentado, deitado, a rolar e a fazer de morto...; e em vez de dizer "cuidado com essa pedra no chão, não tropeces", passei esse fim de tarde a dizer "cuidado com essa monumental poia meia seca (do cão que alguém veio passear fora de horas para não ser visto...)". Xiii, o que quererá dizer este sinal: o desenho de um cão a preto com um sinal de proibido a vermelho por cima??

Pela primeira vez dei a volta à ilha de barco e adorei. Inspirava o ar com cheiro a mar e pensava... ah! o mar, os caranguejos nas rochas, o Monchique, (a casa do sr. presidente... uau!, que paisagem bonita. Tomara um dia apanhá-lo nú na piscina e ter uma máquina fotográfica à mão), as cascatas, (um saco de plástico verde a boiar??), a Rocha dos Bordões (outro saco de plástico??). Mas, sobretudo, apercebi-me de como as pessoas estão mal informadas, ou melhor, não estão informadas. Chegam ao aeroporto e, sim, está lá o posto de turismo com a sua menina, mas a menina não se mexe! Temos que ir ao encontro das pessoas, não o contrário! E NÃO ME VENHAM DIZER QUE NOS OUTROS LADOS É A MESMA COISA PORQUE ISSO NÃO É DESCULPA! (Ainda) Não conheço meio-mundo e sei que às vezes em muitos sítios eles também não estão muito preocupados em informar, mas, caramba!, não deveríamos estar a tentar ser diferentes?? E depois os meus conterrâneos passam a vida a queixar-se de que "os de fora" têm a mania de tomar conta das coisas! Pois claro! Em terra de cegos quem tem um olho é rei!! Eu, no continente, faço a minha parte e massacro os meus amigos com informações sobre as Flores! E, acreditem, as pessoas assumem a sua falta de conhecimento e adoram perguntar coisas, tirar dúvidas, ver fotografias, mapas, sei lá, o que se puder disponibilizar.

Supostamente, sendo a terra tão pequena, a facilidade em melhorar as coisas seria maior, mas não é, porque não existe união, pura e simplesmente. A verdade é essa e verificamos isso se olharmos para a comunidade corvina. Eles do pouco fazem tanto porque organizam-se. De outra forma, os jovens do Corvo não quereriam viver lá. Quantos jovens florentinos já vimos regressar à terra natal depois de concluídos os estudos? Muito poucos. Nas Flores parecem andar sempre preocupados a olhar e a falar do vizinho do lado (mal, de preferência). E a estúpida rivalidade Santa Cruz-Lajes... sem comentários.

Só para terminar, falemos de dinheiro. Dinheiro para o desporto? Sim, claro. Dinheiro só para o desporto? Não redondo. Onde mais se podia "gastar" dinheiro? Exemplos: a casa onde nasceu Roberto de Mesquita (que muita gente acha que foi um poeta menor, mas que consta no Dicionário de Literatura do Professor Jacinto do Prado Coelho), daria uma excelente Casa Museu, era só preciso comprá-la e fazer alguma pesquisa; certamente o poeta florentino ainda tem descendentes na ilha. A Biblioteca Municipal, que vejo sempre fechada; alguém sabe quantos e quais os livros que estão naquelas prateleiras? Se estão catalogados correctamente? Se a pessoa responsável (se é que há uma) é a pessoa certa para esse trabalho? Em suma, estará a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores preocupada com mais alguma coisa que não seja a m**da do campeonato de futebol?! Mas, no fundo, a culpa não é toda da CMSCF, também é da população. Porque é que em vez de discutirem no café do Gil, na Praça ou à saída da Missa ao domingo, não vão às reuniões da Câmara abertas ao público?

E, enfim, às vezes penso se ainda vale a pena cansar-me a lutar...

2.9.03

CRIME!! [I] 

logo Por hoje a foto está algo descaracterizada, tal como ficou a paisagem (para quem a conseguir reconhecer). Podem chamar-me radical, extremista, o que quiserem!! Mas, para mim, isto [o que se pode ver na foto dentro da bolinha vermelha e indicado pela seta] foi um CRIME ambiental!! Um delapidar da nossa paisagem!! Uma demonstração de profundo mau gosto, até mesmo, de enorme ignorância!!

1.9.03

Assim (não) foi A-gosto nas Flores 

No mês que acabou de passar valeram-nos (e aos que nos visitaram) as festinhas tradicionais das freguesias [Santo Cristo dos Milagres na Fazenda das Lajes, São Caetano na Lomba, Nossa Senhora dos Milagres no Lajedo, São Roque nos Cedros, Santíssima Trindade no Mosteiro e Nossa Senhora dos Remédios na Fajãzinha].
Mais um ano passou em que o COFIT (Festival Internacional de Folclore) não passou pelas Flores. Quando se sabe que são mínimos os custos para as autarquias não se compreende que não se faça o esforço por trazer mostras de outras culturas à nossa ilha com a presença (através do COFIT) de grupos folclóricos de países (mais ou menos) longínquos e (por vezes) pouco (por nós) conhecidos em termos culturais. Talvez que alguns não deêm importância ao intercâmbio e à dinâmica cultural mas apenas ao Sol da Fajã Grande.
Na primeira quinzena do mês realizou-se nos Açores a Semana da Juventude organizada por uma entidade a que pertence a (julgo) recém constituída Associação de Jovens das Flores. Mas pela ilha das Flores essa Semana não passou; ou, melhor dizendo, a semana passou (porque o mês não ia ter menos sete dias) mas com letra pequenina.
Há palpites [o tão florentino e típico "ouve-se dizer"] que em 2004 haverão todas as festas e mais algumas [e não me refiro ao Europeu de futebol]. Talvez porque seja ano de eleições regionais. Talvez para se fazer mera propaganda política partidária&governamental. Talvez uma forma de ilusionismo, de "mandar areia para os olhos" das pessoas, de pão&circo. Ou talvez apenas boas intenções. Talvez...

Entrevista de Miguel Lopes a "O Monchique" 

Alguns extractos da entrevista de Miguel Lopes, presidente-treinador do Boavista, n’ O Monchique nº 68:

Relações com a Câmara Municipal de Santa Cruz "estão normalizadas (...) 60 mil euros pela publicidade do concelho nas camisolas."
Objectivo [de classificação na série Açores]?? "Ficar nos cinco primeiros. (...) Estamos a fazer uma equipa fortíssima e espero surpreender bastante. (...) Conseguimos fazer uma equipa que não nos vai envergonhar, não tenho dúvida nenhuma. Vamos ficar mesmo lá em cima. Queríamos ver se ficávamos no pódio. Acho que vamos ter jogadores para isso (...) penso que o nosso plantel é dos mais fortes [da série Açores]." Os jogadores vêm "quase todos da II Divisão B. (...) Temos uma equipa [fisicamente] bastante forte e tecnicista."
Quanto custará?? "À volta de 200 mil euros. Cerca de metade vem de apoios governamentais e o restante da autarquia e de empresas locais, que contribuem com cerca de 35 mil euros."
"Mas nós sabemos que nem todos estão [contentes com o Boavista e com a sua presença na série Açores]! E esses é que nos dão força, esses é que são engraçados... pelo ridículo em que caem e pela estupidez que demonstram, essas pessoas até são interessantes. Se for tudo a apoiar, isto não tem muita graça.... (...) As pessoas são livres, mas isso é uma questão de inteligência."
Um desejo?? "Ficar nos três primeiros."

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