Rocha dos Bordões - Fórum ilha das Flores

Nos Açores em vez do proverbial pão&circo parece que temos [ou nos querem dar] pão&desporto!! Quando será que os nossos governantes vão passar a ver que esses apoios são (basicamente) canalizados [pelos clubes que os recebem] para despesas com jogadores do exterior e quase nada [ou, nalguns casos, mesmo nada] é gasto no fomento da prática e da formação desportiva de quem vive nos Açores??!! Penso que os dinheiros públicos deviam ser gastos para apoiar e fomentar a prática e a formação desportiva lúdica nunca para a prática desportiva profissional e competitiva!!

Já várias pessoas me acusaram de ter uma fixação pessoal por Carlos César, devido a aqui no "blog" passar o tempo todo a critica-lo (e ao Governo, e ao Partido, que ele preside). Venho (tentar) desmistificar essa questão. Não é, nem de longe!, uma questão pessoal. É apenas [assumo-o!] uma (bastante clara) divergência de ideias e planos [para as Flores, em particular, e para os Açores, em geral]. De noções e visões (bastante) diferentes de progresso e desenvolvimento sociocultural e económico. De tentar ver a mais do que 4 anos (período de cada legislatura regional); porque depois de destruído o que de melhor e único temos, as nossas paisagens, nada fica; por pensar que o bem-estar das pessoas dos Açores daqui por poucos anos não pode prejudicar o bem-estar das gentes dos Açores daqui por décadas. Por não ser nenhuma perseguição pessoal aproveito o dia de hoje para lhe dar os parabéns!! Não pela obra feita (ou a que ficou por fazer ou a que [espero] nunca será feita)... mas pelo seu aniversário: Carlos César faz hoje 47 anos! Como qualquer outra pessoa (pelo seu aniversário) merece ser felicitado. Até lhe cantaria o "Parabéns a Você", mas numa entoação muito própria (que agora talvez já não lhe agrade muito mas de que se deve recordar dos tempos da sua juventude): a "Internacional". Assumo-me como um gaulês no império dele... "por uns Açores sem amos...".

Seguem-se alguns excertos das Bases Gerais para um Programa de Governo para a próxima Legislatura [2004-2008] (apresentadas no XI Congresso Regional do PS/Açores, realizado à semana e meia atrás) que considerei valerem a pena serem referidos [entre parêntesis rectos indico as páginas de onde foram retirados os excertos]:

"Sendo o PS/Açores um partido de valores e não de slogans, é sua obrigação procurar a fundamentação e repudiar a demagogia. Só assim, com seriedade e rigor, é que nos propomos "CONTINUAR A MUDAR OS AÇORES PARA MELHOR", apelando à participação e em coligação com os Açorianos" [pg. 2]. "O PS acredita na promoção do desenvolvimento dos Açores, de forma sustentável (...) pugna por um desenvolvimento alicerçado num processo de crescimento equilibrado, respeitador do ambiente e da pluralidade do território regional e impulsionador da promoção das pessoas" [pg. 3]. "Com este cenário [manutenção do regime de quotas leiteiras da UE] o PS entende desadequado continuar a sustentar um cenário de crescimento acelerado da produção leiteira regional [...] poderá ser a altura de se criarem condições para o fomento de alternativas que contribuam para a diversificação da produção agrícola" [pgs. 5 e 8]. "O mar constitui um recurso de inegável valor (...) quer através da exploração e transformação dos produtos da pesca, quer através da sua utilização para a actividade turística e desportos náuticos, quer no âmbito da investigação científica" [pg. 9]. "A expansão do turismo constitui um vector de grande relevância no âmbito duma estratégia de crescimento e de desenvolvimento (...) é um dos sectores mais promissores e com maiores potencialidades de crescimento e de criação de riqueza e de emprego. [...] É fundamental a consciência de que o crescimento desta actividade [turística] não poderá hipotecar os recursos naturais do arquipélago ou comprometer as suas características no futuro" [pgs. 10 e 12]. "Para se conseguir obter um desenvolvimento sustentável, temos que velar pela harmonização entre os interesses económicos, ecológicos, sociais e culturais, pugnando por formas cuidadas e inovadoras de desenvolvimento das actividades" [pg. 14]. "Também a gestão de resíduos se constitui como uma área de intervenção governamental, fortemente partilhada com as autarquias. [...] Alargamento da acção da Ponto Verde à Região (...) e à colaboração financeira atribuída às autarquias ao nível da exportação de resíduos. (...) Na próxima legislatura temos que alargar o sistema de recolha selectiva, melhorar a gestão dos aterros, para nos concentrarmos, a outros níveis de preocupação, nas formas de tratamento alternativo de muitas categorias de resíduos, que poderão ser reutilizados, por exemplo por compostagem de matéria orgânica e até reciclados localmente" [pgs. 15 e 16]. "Defendemos um novo modelo [no transporte aéreo] que obrigue à coexistência nas diferentes "gateways" de várias transportadoras aéreas. Propomos a criação de mais duas novas "gateways", Pico e Santa Maria. [...] O subsídio será dado às diferentes transportadoras aéreas de acordo com o número de residentes e estudantes transportados" [pg. 18]. "[Quanto aos melhoramentos na rede viária] os projectos devem ser avaliados atendendo às questões técnico-financeiras mas também ambientais, aproveitando e melhorando ao máximo as infra-estruturas que já existem e só depois construindo novos equipamentos" [pg. 19]. "Oferta aos açorianos de todas as formas de energia, a preços iguais ou inferiores aos praticados no continente português" [pg. 19]. "[O artesanato] tem contribuído para a promoção e afirmação das pessoas, para a confiança e auto-estima, para a dinamização social, cultural e económica e para o fortalecimento da identidade local. O artesanato deve tornar-se cada vez mais relevante" [pg. 23]. "A participação dos jovens na vida pública deve ser encarada como uma prioridade (...) necessidade de promover e incentivar, desde cedo, os mais jovens para a cidadania (...) reforçar as oportunidades e incentivar a criatividade dos jovens açorianos. Fazê-lo, é, na perspectiva do PS, investir no futuro da Região" [pgs. 23 e 24]. "Com vista à criação dum sistema educativo de excelência, devidamente reconhecido, e abrangendo todos os níveis de ensino (...) é de extrema importância a continuação do processo de reestruturação da rede escolar, reduzindo o número de escolas onde funcionam em simultâneo vários anos de escolaridade e racionalizando o regime de apoios educativos. [...] A introdução duma língua estrangeira no 1º ciclo do ensino básico e a regionalização curricular são, no contexto do actual processo de globalização, necessidades cada vez mais prementes" [pg. 26].
[De notar que estas Bases Gerais são um mero texto transitório mas cujo trabalho pretende findar num Programa Eleitoral para um Governo Regional para a próxima legislatura.]

Seguem-se alguns excertos da Moção de Orientação Política Global (apresentada ao XI Congresso Regional do PS/Açores, realizado à semana e meia atrás) que considerei valerem a pena serem referidos [entre parêntesis rectos são indicadas as páginas respectivas de onde foram retirados os excertos]:

Título: "Vamos Continuar a Mudar os Açores para Melhor" [pg. 1].
"O PS/Açores surge neste XI Congresso Regional especialmente motivado (...) pela obra que tem vindo a realizar (...) e animado também pela consciência de que é quem está em melhores condições de fazer o que falta [...] tendo sempre presente que os destinatários da nossa acção são os Açorianos e não os militantes do próprio Partido" [pgs. 2 e 3]. "O PS, ainda que justificadamente orgulhoso da transformação que impulsionou na sociedade açoriana, só deve pensar no que é preciso alterar ou continuar a fazer, reforçando, simultaneamente a sua ligação aos anseios das populações das nossas ilhas. Alicerçando-se na experiência passada e naquilo que temos vindo a materializar, as tarefas que nos esperam não são as da constatação e do auto-comprazimento [...] é importante salientar que não estamos cativos, nem deslumbrados com aquilo que já realizamos. É com orgulho e satisfação que constatamos a obra feita, mas é com realismo e humildade que também reconhecemos que houve apostas que falharam, realizações menos bem sucedidas e compromissos que não foram totalmente cumpridos" [pg. 4]. "Pensar mais nos Açores do que nos combates partidários, colocando-se na linha da frente deste formidável desafio que é o de ajudar cada uma das nossas freguesias, apoiar cada um dos nossos municípios, fazer progredir cada uma das nossas ilhas" [pg. 5]. "Com o objectivo principal (de) trabalhar no sentido do bem comum e colocar os Açores primeiro" [pg. 9]. "O PS, pelos resultados até agora obtidos nos seus sete anos de governação açoriana, provou saber governar e governar melhor que o PSD. (...) Preservou-se - e assim queremos que continue - imune perante as formações de pressão clientelar, e assegurou (...) uma relação entre decisores e destinatários sem promiscuidade e sem indícios de corrupção ou favoritismos que minaram a confiança e abalaram a ética política tantas vezes no passado" [pgs. 11 e 12]. "O PS só se justifica para em cada tempo presente construir o Futuro [...] e quer ser um Partido que os Açorianos conheçam e com o qual desenvolvam uma relação de confiança e de continuidade renovadora. Demos provas e temos obra feita, nestes sete anos de Governo, que constituem uma garantia para o futuro" [pg. 14]. "A despartidarização da administração regional (...) e a restituição de um espaço próprio à sociedade civil sem a presença opressiva da administração burocrática e partidarizada" [pg. 19]. "O PS/Açores não tem, por isso, uma vocação de profissionalismo autopublicitário (...) é, como mais gosta de ser, um Partido de cidadãos que participam em benefício da sua terra (...) e não um grupo de militantes que actue em primeiro lugar em benefício do Partido [...] O Partido deve trabalhar para o bom Governo, mas o Governo não trabalha para o Partido" [pgs. 20 a 22]. "A nossa tarefa final: valorizar os Açores e beneficiar os Açorianos" [pg. 24]. "Ao invés da sofreguidão da coligação PSD/PP pelo poder e pela vingança (...) queremos continuar a mudar os Açores para melhor, com uma participação cada vez maior. Por isso, apresentar-nos-emos nas eleições em coligação com os Açorianos. Entre aqueles que se unem para servir os Açores e aqueles que se aliam para se servir dos Açores, o PS cumpre o seu compromisso de aceitar todos para benefício de todos" [pg. 35]. "O PS não faz exigências ao eleitorado (...) assume compromissos e respeita as obrigações que os Açorianos lhe impuserem" [pg. 36]. "Necessidade de termos listas de candidatos ao parlamento açoriano que se insiram e efectivamente representem os círculos eleitorais pelos quais são eleitos [...] assegurando a sua competência técnica e política, a sua credibilidade, a sua representatividade e a capacidade de trabalho em prol do seu círculo e da Região" [pgs. 36 e 37].

Prossegue a imparável prestação do Boavista na série Açores! Anteontem conseguiu a sua primeira vitória em jogos fora de casa [1-0 com o Praiense!!]. Em seis jogos: três vitórias e três empates! Imbatível!! Em casa: duas vitórias e um empate. Fora de casa: uma vitória e dois empates! Sem derrotas, invencível!! E, claro, mantem o primeiro lugar da classificação!! Aconselha-se a leitura da crónica do jogo feita por um jornal local.
Saudações florentinas!!

Criei este "post" apenas para testar a colocação de fotos no "blog".

Gruta dos Encharéus

Furna do Galo

Ilhéu Furado
Espero que mesmo assim tenham gostado das fotos da nossa ilha...
Paulo Leal

Sempre fui um boavisteiro, o que quer que isso queira dizer. Sim, assumo, sou do clube da elite. Nas Flores, quando havia futebol a sério, nunca torci por nenhum outro clube, a não ser o dos quadradinhos... Saudades dos velhos derbies com o Minhocas (clube respeitável, que cresceu à custa de muito suor popular, reconheço), em que se jogava por amor à camisola e onde o público se entusiasmava bastante.

Nos últimos anos isto modificou-se. O futebol florentino caiu no fosso. Jogos desinteressantes, assistências fracas (talvez a televisão tenha tido alguma influência), meninos ressacados dentro do campo, porrada, enfim...

Até que no ano passado, surgiu a reabilitação do Boavista , através da quase total profissionalização da sua equipa de séniores, e tendo como principal objectivo a subida aos nacionais de futebol. Na altura pensei que fosse uma ideia disparatada, até porque os jogos contra as equipas do Faial corriam-lhes sempre de feição, mais por ajudas exteriores do que por superioridade técnica... A verdade é que os axadrezados subiram, com muita polémica à mistura com a Câmara Municipal.

Esta época, é o que se está a ver... Pelos vistos as contratações deram resultado e, até ver, dominam a Série Açores. Mas, continuo com o dilema... apoiar ou não apoiar? O meu coração florentino, diz que sim, que é óptimo termos o nome das Flores a liderar uma série nacional, mas no futebol, nos últimos anos, tornei-me demasiado racional se calhar... E muitas questões se me levantam... Algumas delas ja abordadas aqui no "blog"... Confesso que me sinto incomodado com a aparente unanimidade que, por exemplo, politicamente varre todos os quadrantes! Numa recente reunião da Câmara Municipal de Santa Cruz, quando questionei o Presidente sobre os montantes atribuídos a um clube de futebol profissional, ele veio com a lenga-lenga dos benefícios em termos de turismo para a ilha... (quando não se tem mais argumentos...). Os representantes do CDS/PP, apesar de algumas reservas, também acabaram por apoiar a ideia... Mas, mais surpreendido fiquei com a resposta do deputado do PCP, que afinal também acha que é benéfico para a ilha esta presença nos Distritais, disfarçados de Nacionais... Pessoalmente teria muito menos reservas se este fosse um projecto apoiado apenas em empresas privadas... Porque sabemos como funciona a promiscuidade futebol/política por este paísinho fora... Preferia ver os dinheiros públicos investidos num bom centro cultural, com uma boa biblioteca e um auditório...

Em outros "posts" escreverei mais. E não, não estou à espera que as coisas comecem a correr mal para descarregar a minha raiva! Volto a dizer que se por um lado estou contente por ver o nome das Flores lá em cima, por outro acho que as coisas podiam e deviam ser diferentes.

Paulo Henriques (para que não restem dúvidas, porque não me escondo por detrás de um qualquer "nickname").

Já que se está a falar em aumento das taxas de segurança (e, já agora, sabem que é ilegal cobrarem-nos pelos carrinhos de bagagem, porque esse serviço já está incluído nas taxas de aeroporto? Tendo em conta que, quando vimos das Flores, precisamos sempre de, pelo menos, um, vamos fazer o quê? Arrastar as malas e os caixotes pelo chão?), deveria era falar-se em aumento da qualidade da prestação dos serviços nos aeroportos. Senão vejam-se estes patéticos exemplos:
1. No dia 30 de Julho telefonaram-me dos escritórios da SATA na Av. da Liberdade, em Lisboa, a pedirem-me que me deslocasse até lá porque o meu voo, do dia seguinte, tinha sido cancelado. Ou seja, em vez de embarcar no voo das 06h00, que tinha deixado de existir (tretaaaaaaaaaa!), teria que ir no voo das 07h00. Até aqui tudo bem. Nos escritórios disseram-me que era impossível garantir a ligação Ponta Delgada - Flores às 08h45... Obviamente que a menina, não sendo muito inteligente, não contou com a diferença horária. Estupidamente aceitei a proposta de fazer a ligação às 14h50, via Terceira, isto é, PDL - TER - FLW.
2. 31 de Julho. Tudo normal até PDL. Quando chegámos a Ponta Delgada, verificámos, como é óbvio, que a ligação teria sido possível, não fosse a menina dos escritórios tão loura... Bem, já não havia nada a fazer. A grande surpresa ainda estava para vir... Quando nos dirigimos ao balcão de "check-in" para pedir os cartões de embarque verificámos que o nosso itinerário de voo seria o seguinte: PDL - TER - FLW - TER - FLW. Sim, tudo isto no mesmo dia... Claramente aperceberam-se da estupidez dos colegas "do Continente" e voltou tudo ao normal.
3. 31 de Julho. 16h00. Aeroporto das Flores. Chegámos inteiros e estafados, menos duas malas. Quando me dirigi ao balcão para protestar, descubro as minhas malas pousadas a um canto, atrás do balcão. Identifiquei-as, barafustei e a resposta foi: "Como não sabíamos de quem eram, deixamo-las cá ficar". Por acaso era só roupa, brinquedos e fotocópias... Mas, e se fosse uma bomba? (Já que andam tão preocupados com a segurança...). E a etiqueta que colamos na bagagem e, que dizem eles, é obrigatória?!? Não sabem ler?!?
4. 31 de Agosto. Lisboa. Guerra pelos carrinhos, como é da praxe. Bagagem? Estava lá toda, menos um caixote. Uma hora e meia na secção de perdidos e achados. Fui para casa com um número de telefone e um número de processo. O caixote foi despachado de Ponta Delgada, no último voo para Lisboa, no dia 1 de Setembro. Foi-me entregue no dia 2 de Setembro, rasgado, molhado e amolgado. O pão caseiro não sobreviveu. Declarámos a sua morte às 23h05 desse mesmo dia (se bem que o bolor poderia ter tido alguma utilidade). Consta que não seguiu no mesmo voo da passageira (eu!) por excesso de bagagem dos passageiros que tinham embarcado na Horta. Quem eram? Turistas continentais que tinham passado férias a fazer pesca submarina. Não tenho absolutamente nada contra os continentais; tenho é contra as pessoas que estão a despachar a bagagem e jogam ao um-dó-li-tá, para decidir que malas seguem viagem.
5. Em toda esta aventura só não critico o pessoal de bordo da SATA Internacional que são, indiscutivelmente, profissionais e formidáveis. Quanto ao pessoal de bordo da SATA Air Açores ... bem... Posso começar? São mal-educados, arrogantes, pensam que têm o rei na barriga porque ja fizeram dezenas de voos (sabem que mais? Eu também! Olha toma!) e, pior, usam o seu sotaquezinho micaelense como se fosse sinónimo de superioridade!
CONCLUSÃO: Se houvesse outra companhia aérea a fazer os voos inter-ilhas, não pensava duas vezes! E digo mais, com os preços desmesurados que pagamos pelos bilhetes até merecíamos que nos limpassem o cu!

Na sequência da luta contra o terrorismo internacional [pós-11 de Setembro] vão aumentar (nos nossos aeroportos) as taxas de segurança de passageiros. Tudo isso para financiar um novo sistema de detecção de explosivos nas bagagens ["Handling Bagagge System", em inglês]. O respectivo decreto-lei foi aprovado em Conselho de Ministros na passada quinta-feira. Será criada uma componente adicional da actual taxa de segurança de passageiros, a acrescentar ao que já se paga na aquisição dos bilhetes de avião. Não sei ainda é se isto será apenas para se aplicar aos voôs internacionais; mas tenho bastantes dúvidas pois como é para nos fazer pagar deve ser estendido a tod@s [incluindo os voôs domésticos], certamente!
Pergunta-se, então, se depois de atingido o valor para a aquisição do dito novo sistema [aproximadamente 55 milhões de euros] se irão baixar as taxas para o valor antigo [ou seja, cancelando a componente adicional agora criada]?? Não me parece! Duvido mesmo muito!! Mas contra este terrorismo (que nos assalta quotidianamente as nossas carteiras) o Durão [e o W. Bush, o Blair, etc.] não encetam uma guerra infinita!! Talvez por serem eles os verdadeiros terroristas!
A notícia está aqui.

Já haviamos sido anteriormente [no início de Setembro] contactados pelo tio José (que nos questionava como poderia participar neste Fórum). Na passada sexta-feira voltou a contactar-nos (enviando-nos um texto). Não se sabe quem seja [certamente alguém que quer continuar no seu anonimato] mas tal também não interesa nem é problema! O que importa é que haja participação e opinião (preferencialmente assinada mas quem preferir o anonimato não é discriminad@). Segue abaixo (e na íntegra) o texto que o tio José nos enviou [a versar sobre o serviço ADSL nas Flores (pedimos desde já desculpa ao tio José por só hoje lhe publicarmos o texto mas não foi possível fazê-lo antes); os "links" e "negritos" (como sempre) são da nossa responsabilidade]:

"Queria dar o meu contributo ao "BLOG" com este meu testemunho.
Sou utilizador e cliente dos serviços da ADSL dos exmos senhores da TELEPAC.
Fui talvez das pessoas que mais ansiou pela chegada desse serviço à ilha das Flores, uma vez que já tinha desfrutado dele noutras paragens do nosso arquipélago e país. Neste momento, residindo na ilha das Flores, não tinha esse privilégio.
Fui também talvez das primeiras pessoas na ilha a instalar esse serviço em casa, assim que se tornou disponível.
Costumam dizer que quanto mais se voa maior é a queda. Acho que se aplica perfeitamente ao que me aconteceu. Tinha criado grandes expectativas... cheguei até, na minha ingenuidade, a pensar (digam-me só se é possível pensar algo assim!!?) que as Flores podia ter um serviço ADSL igual ao de outras ilhas (nomeadamente São Miguel que foi onde tive oportunidade de experimentar). Já nem falo em Portugal Continental... O sistema ADSL usado em Portugal hoje em dia já não se usa há bastantes anos no resto da Europa e no mundo... Mas como sabemos que Portugal em relação à Europa está atrasado uns bons anos sabemos também à partida que a ilha das Flores em relação a Portugal Continental está atrasada outros tantos... já não é novidade. Mas voltando à ADSL nas Flores...
Pude então ligar-me à net, pela primeira vez nas Flores com "banda larga", e tal foi a queda quando vi que nada daquilo era o que já tinha visto ou que esperava que fosse.
- Em "downloads" da "web" ([directamente] de "sites") consigo um máximo de 20 Kb/s... em boas alturas chego a 22 ou 23. Só para que conste, em São Miguel atingia velocidades de "download" de 50 e até 60 Kb/s.
- O visionamento de "sites" não é como seria de esperar tão instantâneo como é noutras partes do país, pelo contrário... comparo-o ao visionamento de páginas com uma simples ligação RDIS.
- Se algum de nós tentar assistir ao Jornal da Noite da SIC (como nos é disponibilizado no "site" da SIC para utilizadores com banda larga) é bom que não tenha mais nenhuma tarefa a realizar-se no seu PC senão não irá ver vídeo mas sim imagens soltas e cortadas sem coordenação com a voz.

São apenas alguns exemplos do "BOM!" serviço prestado na nossa ilha pela TELEPAC no que toca à banda larga.
Quero salientar o facto dos senhores da TELEPAC, aquando da chegada do "kit", me terem automaticamente fornecido um número [telefónico] de apoio para o qual podemos ligar se tivermos algum problema. MEUS AMIGOS... quero dizer-vos que já liguei!!! E fiquei maravilhado com a música que ouvi durante 55 minutos! Era de uma qualidade extrema (IRONIA). Não quis cair na humilhação de estar uma hora ao telefone à espera de ser atendido e por isso desliguei quando faltavam 5 minutos (ao menos não foi uma hora!)...
Aconselho todos a que peçam a alguém da PT aqui nas Flores que vos vá a casa ver a linha telefónica (também já experimentei isso)... É fantástico a prontidão e velocidade com que nos respondem: "A sua linha telefónica está bem, o problema é do seu computador!"... Mas caros amigos... não se deixem levar pelas vozes dos Deuses e não façam um investimento de centenas de contos num PC TOPO de GAMA... antes disso lembrem-se de ver os requisitos mínimos (qualquer computador com 4 ou 5 anos de existência tem os requisitos mínimos) que vêm bem escritos no nosso "kit" ADSL SAPO ou TELEPAC que nos é prontamente enviado pelos senhores responsáveis.

Bem... altas velocidades realmente não são aconselhadas!!! Mas mesmo que quisessemos acelerar não podiamos... acho que é uma boa forma de evitar acidentes.

Navegue[m] com prudência!

Um abraço para todos os florentinos e simpatizantes da ilha."

Visto ao longe (e bem de longe) o XI Congresso Regional do PS/Açores [realizado no passado fim-de-semana] não passou de um grande espectáculo de culto, louvor e reverência ao líder [Carlos César] e auto-congratulação pela obra feita [do Governo Regional]!! Sem qualquer espírito analítico crítico, apenas houve (durante todo o Congresso) veneração e aclamação ao líder [em particular] e ao trabalho [conjunto] (de 7 anos) de Governo. Não pareceu surgir nenhum lampejo de ideias novas para "continuar a mudar os Açores" [como eles dizem], o que leva a entender [e espero não estar a ser abusivo] de que vão continuar na mesma [o que, a meu ver, é mau, mesmo muito mau para o desenvolvimento e progresso dos Açores (em geral e das Flores em particular)!].

As votações deste Congresso [quer fosse para os (diversos) orgãos do partido (liderança incluído) quer fosse das teses em debate] fizeram-me lembrar os resultados de algumas votações no Iraque de Saddam Hussein e na Cuba de Fidel Castro, de tão unânimes que foram!
[Em breve farei pequenas apreciações sobre as teses presentes neste Congresso, nomeadamente a Moção de Orientação Política Global e as Bases Gerais para um Programa de Governo.]

Numa pesquisa efectuada pela imprensa regional "on-line" apenas nos merece referência um artigo do Diário Insular (bastante conciso e concreto) e o seu editorial (onde se refere que o Congresso primou pela "ausência total de crítica ao Governo e ao PS, [pel]o elogio fácil, bajulador e subserviente dispensado ao líder, [pel]o amorfismo intelectual e [pel]a ausência de projectos sustentados numa crítica sólida e positiva a[os] sete anos de governação", enfim... pela "distribuição de incenso", para no final do texto elogiar a perspicácia de César ao empreender uma "revitalização do partido" preparando-o para as eleições).
Saudações florentinas!!

Desta é de vez!!! A foto (que à tanto tempo andava a querer mostrar-vos) já está visível!! Sim... Sim... essa em que estão a pensar, a do crime ambiental [entre muitos outros]!! Quem quiser vê-la basta ir ao arquivo do mês de Setembro [aqui ao lado à direita, cliquem em 09.2003] e verão a foto na entrada do dia 10 (entitulada Crime!!! [II]). Pela demora [em mostrar a foto] as minhas mais sinceras desculpas mas tal se deve à minha total inépcia na construção de páginas "web".

Apresentamos uma breve resenha [ou revista/observatório de imprensa] do que foi (e como correu) o Congresso Regional do PS/Açores [visto pelos jornais nacionais de referência, Público e Diário de Notícias], realizado no fim-de-semana que passou. Só é pena termo-nos que circunscrever ao que é dito pelos jornais nacionais, mas tal deve-se ao facto do jornal regional com maior expressão e divulgação/circulação em toda a região [referimo-nos ao Açoriano Oriental] não permitir o livre acesso às suas notícias [fazendo com que os seus leitores electrónicos paguem para lerem as suas notícias "on-line"].

Na sexta-feira o DN fazia a antevisão do congresso "em clima de quase campanha" [diz-se em título] prevendo-se que "decorrerá sob o signo da aclamação e unanimidade em torno do líder"; apresentava (em traços muito largos) as teses [Moção de Orientação Política Global e Bases Gerais para um Programa de Governo], salientando-se que "o PS não faz exigências ao eleitorado" e que irá concorrer às eleições em "coligação com os açorianos" mas que o partido necessita "fazer autocrítica" e pede-se aos militantes uma "nova atitude partidária"; a jornalista não deixa de referir que "manter, prosseguir ou continuar são as as palavras mais repetidas" nas Bases Gerais.

No sábado o Público refere-se à abertura do congresso afirmando [em título] que o "PS/Açores não exige maioria absoluta", salientando-se que "não faz exigências ao eleitorado" e que irá concorrer "em coligação com os açorianos"; como mensagem para o interior do partido diz-se que "os destinatários da acção [governativa] são os açorianos e não os militantes [do PS/A]" e que a "estrutura partidária necessita de uma reforma profunda do seu funcionamento (...) para valorizar os Açores e beneficiar os açorianos".

O Público de ontem titulava: "César impõe renovação do PS para reconquistar os Açores" pretendendo transforma-lo em "partido de socialistas e de não socialistas", apresentando o "partido como instrumento e não como um fim", advertindo que "ser filiado e ter o cartão do partido não é passaporte para usufruir de benefícios", salientando que "o importante não são as pessoas do PS, o importante é que o PS seja o partido das pessoas" acreditando que "se os socialistas colocarem os açorianos em primeiro lugar, podem ter a certeza que os açorianos vão colocar o PS em primeiro lugar". A dita renovação interna cifra-se perto dos "70% dos novos orgãos dirigentes, com uma expressiva entrada de jovens" [estes ainda são os antigos dirigentes (mas aqui fica, desde já, o "link" para a estrutura regional do partido)]. A Moção de Orientação Política Global foi "aprovada por unanimidade e aclamação".

O DN de hoje (numa pequena notícia que trás em baixo [e em que precisam clicar]) afirma que "César pede maioria absoluta", que "tardou mas no discurso de encerramento do Congresso pediu aos açorianos uma maioria renovada e ampliada".

O Público de hoje refere que no encerramento do congresso César dizia-se "orgulhoso com a obra feita [na região], mas não deslumbrado (...) porque quer continuar a mudar os Açores para melhor". Afirma que "neste congresso o PS/A não virou à esquerda, nem à direita (...) antes deseja posicionar-se no centro das preocupações dos açorianos, que merecem o melhor mas não merecem os que [lhes] fizeram o pior". César denunciou ainda que a [provável] "coligação PSD-PP [para as eleições regionais] é um casamento por conveniência, enquanto que a relação do PS com os açorianos é de casamento por paixão". Com a renovação operada na máquina partidária [grande rejuvenescimento com a integração de jovens e de recentes militantes na ordem dos 60%], César declarou-se "mais esperançado na vitória da democracia na região". Na reeleição de César [como presidente do partido] houve uma única abstenção (a do próprio), o que destoou do unanimismo que caracterizou o congresso.

Saudações florentinas!!

O "nosso" Boavista segue em grande na série Açores!! Depois de uma entrada com 3 empates [2 dos quais fora de casa!] seguiram-se duas vitórias [ambas em casa, 5-2 com o Miramar (jogo antecipado da 2ª volta e realizado no fim-de-semana passado) e hoje mesmo 3-1 com o Velense (a grande surpresa da época passada, ao ter ficado no grupo final de promoção]!! Segue já isolado em primeiro na classificação [se bem que convém não esquecermos o jogo que já realizou a mais].
A ilha das Flores (ou parte dela) já tem ADSL (ou seja, internet de banda larga)!!! Parece ser uma facilidade e velocidade de acesso ao "mundo dos três W’s" nunca vista!! Seria bastante interessante contar por aqui (no "blog") com a opinião de alguém que já tenha usufruido dessa fantástica novidade! Venha daí esse contributo, mas fica também uma questão: para quando o alargamento desse serviço a toda a ilha??
Saudações florentinas!!

Voltamos ao normal!! Ao (normal) aspecto gráfico, entenda-se. Depois de um período [mais ou menos vasto] em que as entradas do "blog" eram/foram pouco legíveis (pelo menos à vista desarmada) voltamos a estar bem [o nosso grande agradecimento ao AP (que foi quem nos resolveu o problema, ou seja, quem nos repôs na nossa [a]normalidade)]. Mas o nosso estado pouco vísivel revelou-se bom para as audiências, durante esse tempo [de anomalia], curiosamente, as audiências do "blog" subiram bastante, tendo atingido, até este momento, 658 visitas e 1239 "pageviews" [no 3º mês de existência do "blog" tivemos quase tanto como nos 2 primeiros meses juntos!].
Agora só fica a faltar a maior participação de tod@s [de quem já faz parte da equipa do "blog" ou de quem pretenda integra-la, as portas estão abertas à participação de tod@s (como sempre!)]!!
Saudações florentinas!!

Hoje é apresentada em Lisboa uma antologia de poesia açoreana contemporânea, incluindo textos do nosso Pedro da Silveira (tristemente falecido à 6 meses).
Saudações florentinas!!

Recebi (há coisa de 3 semanas atrás) um email de uma pessoa das Flores [que eu havia convidado para participar no "blog"], passo a transcreve-lo:

"Agradeço muito o teu convite e acho que o "blog" é um espaço de debate fixe, porém... mais para quem aqui não está do que propriamente para quem trabalha no terreno. Realmente vêm-se ali muito boas ideias e esforços intelectuais, mas o que faz falta à ilha é... quem o implemente aqui! Esta não é uma crítica, mas apenas uma desculpa... Os meus parabéns pela iniciativa são sinceros."

Admito (sem qualquer dificuldade) que será mais fácil opinar (publicamente e/ou no "blog") sobre assuntos da ilha das Flores para quem não "trabalha no terreno" [nas Flores]. Porém, também penso que, essas situações devem mudar [nas Flores]. Deve perder-se esse medo de se assumir as nossas ideias e opiniões (por mais [ou menos] incomodativas que essas sejam para o status quo). Concordo plenamente (com a crítica realizada de) que o que faz falta [para além daquilo que dizia (e cantava) o Zeca Afonso] é implementar certas ideias nas Flores. Para a participação, discussão e troca de opiniões e ideias [sem quaisquer constrangimentos] para o hoje e o amanhã que queremos para a ilha das Flores, serve este "blog"; como espaço de livre expressão em circuito totalmente aberto a tod@s.
[Nota a quem me enviou o mail acima citado: ainda espero poder contar com a tua colaboração aqui no "blog". Tenho como certo que (no futuro) ainda te verei por aqui! Cumprimentos!!]

No fim-de-semana que se aproxima [ou seja, de 17 a 19 de Outubro] o partido que sustem (com maioria absoluta) o Governo Regional, isto é, o PS/Açores, reune-se no seu XI Congresso Regional, em Angra do Heroísmo (na ilha Terceira). Dizem que vão "continuar a mudar os Açores para melhor"; pelo menos é esse o título da única Moção de Orientação Política Global, cujo primeiro subscritor é, evidentemente, Carlos César. Quem quiser fazer uma leitura pelo texto encontra-o aqui. Mas convida-se também a lerem um outro texto, deram-lhe o nome de Bases Gerais de Programa de Governo para 2004-2008.
Boas leituras e... saudações florentinas!!

Na passada semana recebemos (de um nosso leitor e visitante das Flores) o seguinte email [que passamos a transcrever na íntegra]:

"Venho por este meio agradecer a hospitalidade aos habitantes dessa linda ilha, aquando das duas semanas que aí passei neste Verão. Ao amigo Júlio que foi incansável na disponibilidade e na simpatia! Prometo que em breve irei visitar as Flores!
A todos bem hajam!
J. T. Domingos".

A nossa hospitalidade para com quem nos visita é sempre dada de bom grado!
Da nossa parte: saudações florentinas!! E... volte sempre!!!

É de facto louvável a produção de energia eléctrica ser realizada a partir de fontes renováveis de energia. O que não é muito bom é termos de pagar o mesmo que os outros. Tendo em conta o número apresentado [65% da energia produzida na ilha ter origem renovável], os apoios da comunidade e as vantagens fiscais para esse tipo de investimento, a EDA não fez nada de especial e não se preocupou minimamente com a preservação do ambiente nas Flores. Só têm em conta o lucro, a privatização e as obrigações da CE [Comunidade Europeia].

Aparentemente parece que a campanha eleitoral para as eleições regionais [que, relembre-se, só se realizam em Outubro de 2004!] já começou (pelo menos para alguns), senão veja-se esta notícia e esta outra. Mais uma vez é no último ano dos mandatos que a "malta" trabalha[?] (para mostrar [alguma que seja] obra feita). Espera-se que as pessoas das Flores não tenham memória curta!! E que se lembrem dos anos (que passaram e) em que nada (ou pouco) se fez, que sejam reinvindicativas no dia-a-dia e não só nas vésperas das eleições. Pelas promessas feitas por CC (nesta sua visita) a ilha das Flores terá pela frente um ano cheio de betão e alcatrão [estrada Santa Cruz-Lajes, porto das Lajes, aerogare de Santa Cruz, ...] mas sabe sempre bem ver assumir certas coisas, tais como: "existe um défice no que respeita à rede viária regional (...) vamos investir mais e vamos pôr mãos à obra, porque nos últimos anos quase nada foi feito". Foi CC quem o disse! Não foi o "gajo do contra" [eu] a dizê-lo! [Por agora, e (talvez) apenas por agora!, não vou comentar as ausências de alguns (parece que bastantes) membros do Conselho de Ilha à reunião com o senhor Presidente. Talvez que nem valha a pena falar sobre a quase ausência n@s florentin@s de espírito de activismo social e de participação cívica; nem,muito menos, dos amuos de quem viu pouca gente ir ao seu beija-mão].
Fica [até ver] uma menção honrosa para a questão ambiental: vejam esta notícia ou ainda esta outra. [Continuo com dúvidas sobre se a Ecoteca irá, efectivamente, fazer alguma consciencialização ambiental na população da ilha, mas é sempre bom saber que no Governo se sabe da aberração ambiental que é a ilha das Flores não ter (ainda?) aterro sanitário].