Rocha dos Bordões - Fórum ilha das Flores

A Associação Amigos da Ilha das Flores [AAiF] realizou, no passado dia 16 de Abril, o seu II Encontro Cultural da Ilha das Flores, em São Miguel, sob o lema: "Flores - Entender o passado, construir o futuro". À semelhança do que aconteceu no ano passado, o evento teve lugar no auditório da Biblioteca Pública de Ponta Delgada.
O Encontro começou [pelas 15 horas] com a projecção de um filme sobre a ilha das Flores a anteceder a sessão de abertura e a palestra subordinada ao tema "Flores - Entender o passado, construir o futuro", dividida em dois painéis de discussão.
O primeiro painel [intitulado: "Perspectiva histórica da ilha das Flores: 5 séculos de existência ou de esquecimento a Ocidente?"] abordou a perspectiva histórica da ilha e o segundo [com o título: "As Regiões Ultraperiféricas e a dupla ultraperificidade das Flores. Que futuro para esta ilha?"] foi mais direccionado para a vertente económica, ultraperificidade e futuro daquela que é a mais ocidental ilha do arquipélago dos Açores [a nossa ilha das Flores]; ambos os painéis foram moderados por Pedro Moreira, jornalista da RTP-Açores.
Como oradores da(s) palestra(s) estiveram presentes [no primeiro painel, às 15h30] Francisco António Pimentel Gomes [jornalista, historiador e escritor], José Pacheco de Almeida [analista e ex-governante], [e no segundo painel, às 16h45] José Matias [director regional dos Assuntos Europeus] e Gualter Furtado [economista e ex-governante].
De salientar ainda a presença dos presidentes das Câmaras Municipais de Santa Cruz e das Lajes das Flores, até porque nesse dia foi também assinado [às 18 horas] um protocolo de cooperação entre a AAiF e ambas as autarquias florentinas; deste modo e a partir de agora, @s florentin@s mais carenciad@s que a São Miguel se desloquem por motivos de saúde poderão ficar alojados na sede social da AAiF, sita à Rua do Peru, em Ponta Delgada.
A sessão de encerramento do II Encontro Cultural da Ilha das Flores ocorreu pelas 18h30. Esta foi mais uma das várias actividades que têm vindo a ser concretizadas pela AAiF e que se enquadra nos principais objectivos desta associação. A organização deste II Encontro Cultural esteve a cargo da AAiF e este ano contou com o especial apoio da SATA.
Por fim, leia-se uma notícia do jornal "A União", posterior ao Encontro e que relata algumas das ideias/conclusões saídas da(s) palestra(s): "a ilha [das Flores] não consegue fixar [a sua] população, daí que o principal drama [para o futuro da ilha] das Flores seja a criação de condições condignas para que as pessoas possam viver na ilha. Só resolvido o problema demográfico [da ilha das Flores], pode haver recursos humanos suficientes para implantar uma mudança [social] profunda".
Saudações florentinas!!

"A Jangada - Grupo de Teatro" deslocou-se no [passado] fim-de-semana [de 22 a 25 de Abril] à ilha Graciosa, com a peça "Nunca Nada de Ninguém" de Luísa Costa Gomes, a convite do Museu da Graciosa e com o apoio da Associação Cultural Desportiva e Recreativa da Graciosa, a fim de participar no II Encontro de Teatro daquela ilha.
A peça foi levada à cena no Auditório do Centro Cultural de Santa Cruz [da Graciosa], tendo havido uma grande adesão por parte do público graciosense, o qual quase esgotou os 260 lugares disponíveis na sala.
Foi com grande satisfação que, ao termos contactado com a população da ilha, constatámos que "A Jangada" conseguiu levar de novo o nome da ilha das Flores mais longe e deixá-la na memória daqueles que nos foram ver. Ficou mais uma vez provado que o nosso trabalho e empenho vale a pena e que os nossos esforços não são nunca em vão.
"A Jangada" quer desde já agradecer o apoio da Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores e deixar aqui uma palavra de afecto àqueles que numa das mais pequenas ilhas do arquipélago tão bem nos acolheram, nomeadamente ao Dr. Jorge Cunha, ao Ricardo, ao João, ao José e à Vânia. A todos vós o nosso muito obrigado. Bem hajam.

"A Jangada - Grupo de Teatro"

Viva a Liberdade!!
Viva a Democracia!!

Organizado por iniciativa do Ministro da República para os Açores, realiza-se desde Janeiro (e até meados de Maio) o Congresso da Cidadania, um ciclo de conferências e debates a decorrer por todas as ilhas dos Açores, abordando-se vários temas da sociedade contemporânea (como se pode ler na apresentação feita por Laborinho Lúcio).
O Congresso da Cidadania passou pelas Flores e pelo Corvo na passada semana. Na noite de quinta-feira (dia 14) no Auditório Municipal das Lajes decorreu a conferência sobre "Ultraperiferia e Diversidade. Do Pensamento Global à Acção Local", com moderação de Carlos Amaral, palestra de Manuel Menezes e painel de debate composto por Regina Meireles e Hélio Silva. Na tarde de sexta-feira (dia 15) decorreu no Auditório da Escola Básica Integrada/Secundária das Flores, em Santa Cruz [embora haja informação de que decorreria de manhã e no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santa Cruz], a conferência sobre "Globalização, Informação e Direito de Escolha ", contando com moderação de Miguel Monjardino, palestra de Medeiros Ferreira e painel de debate com participação de Ana Paula Santo Cristo, Luís Filipe Gomes e Raquel Machado. Finalmente, na manhã de sábado (dia 16) no ginásio da Escola Mouzinho da Silveira, no Corvo, debateu-se "Cidadania Activa, Direitos e Responsabilidade", com moderação de Sidónio Bettencourt e conferência dada por Laborinho Lúcio.
Saudações florentinas!!

Faz hoje 50 anos que Albert Einstein faleceu. Tornou-se um símbolo universal da inteligência humana, da capacidade da ciência para mudar a forma como encaramos o mundo e da responsabilidade social d@s cientistas.
Em 1916 Albert Einstein publica a "Teoria da Relatividade Geral", que viria a ser confirmada por várias medições astronómicas, nomeadamente as observações feitas durante o eclipse total do Sol ocorrido em 1919.
Recebeu o Prémio Nobel da Física em 1921.
Após 1932 Albert Einstein abandonou definitivamente a Alemanha devido ao regime nazi. Continuou a sua actividade nos Estados Unidos da América não só no campo científico como também na área da política e social, assumindo publicamente posições contra o uso de armas nucleares e defendendo a criação de um governo mundial capaz de impedir a eclosão de conflitos (pois que apesar da sua contribuição para a investigação bélica sempre foi um pacifista militante).
Aconselha-se uma breve passagem pela biografia de Einstein (para alguns a personalidade [mais importante] do século passado) e pelo artigo da WikiPedia sobre Einstein, mas também podem/devem passar pela Sociedade Portuguesa de Física e pelo 2005: Ano Mundial da Física, e, por fim, saber algo sobre as actividades em Portugal e a lista de palestras do Ano Internacional da Física 2005 (mas apenas no sul e ilhas).
Saudações florentinas!!

De edições passadas do semanário das ilhas "Expresso das Nove" retiram-se as "argoladas" que abaixo se transcrevem:

[Eleições] Autárquicas já correm...
Cá o Argolas sabe que já são diversas as personalidades políticas que se estão a preparar para as próximas eleições autárquicas [a realizarem-se em Outubro]. É que são vários os presidentes de Câmara que não se vão apresentar a novo sufrágio. As escolhas dos novos candidatos [a essas Câmaras] têm provocado acesas discussões [nos partidos]. E o pior ainda est[ar]á para vir...

[Candidatos] Complicadinhos
As eleições autárquicas [de Outubro próximo] estão a deixar muita gente [dos partidos] de cabelos em pé. Os jogos de bastidores [nos partidos] são mais que muitos. Todos querem assegurar a presença dos seus preferidos [nas listas das eleições autárquicas]. E a contagem de espingardas [nos partidos] já começou. É que, para muitos dirigentes partidários, as próximas eleições autárquicas marcam o princípio de um novo ciclo que se avizinha. E ninguém parece disposto a abdicar de exercer [a sua] influência.
Saudações florentinas!!

Da edição desta semana do semanário das ilhas "Expresso das Nove" retira-se a "argolada" que abaixo se transcreve:
Tristeza...
Cá o Argolas não sabe se há-de rir ou [se há-de] chorar com a [falta de] qualidade intrínseca de algumas intervenções efectuadas [por cert@s deputad@s] no decorrer do último plenário do parlamento regional. Há malta [deputada] que não sabe, pura e simplesmente, o que está ali a fazer [na Assembleia Legislativa Regional]. A situação é tão caricata que basta olhar para a cara dos [deputados] que percebem da poda para se ver o enorme sacrifício que fazem [para ouvir] quando os outros [deputados] abrem a boca...
Saudações florentinas!!

Hoje faz tristemente 2 anos que Pedro da Silveira nos deixou. Florentino de nascença, foi (antes de mais e acima de tudo) um pensador livre, um poeta, um investigador e também um enorme cidadão.
Pedro da Silveira pensava tão livremente e tinha práticas cidadãs tão vastas que, naturalmente, as suas ideias incomodavam quem aprecia o conformismo e a "calmaria" dos tempos de sempre; talvez tenha sido devido a isso que uma proposta de voto de pesar pelo falecimento de Pedro da Silveira obteve 9(!!, por extenso: nove!) votos contra em reunião do mês de Junho de 2003 da Assembleia Municipal das Lajes [pode conferir-se quem são os membros dessa Assembleia]; comprova-se, assim, que o desaparecimento de uma voz frontal (como sempre foi a de Pedro da Silveira) não fez desaparecer certos espíritos tacanhos e que mesmo depois de falecido continuaram a ser incómodos o seu pensamento e as suas ideias, a que [sabendo que poderei incorrer em erro, por minimalismo] me referiria apenas a defesa que Pedro da Silveira sempre fez de um concelho único para a ilha das Flores.
Quem quiser saber mais sobre ele, aqui deixo algumas ligações: Pedro da Silveira no Arquivo da Cultura Portuguesa Contemporânea e na Biblioteca Nacional e, por último, um perfil de Pedro da Silveira (publicado na blogosfera, à ano e meio atrás).
O seu pensamento (por mais que incomode alguma gente) por cá continuará, por isso... até sempre, Pedro da Silveira!!

A série Açores época 2004/2005 tem tido alguns desenvolvimentos relevantes nos tempos recentes (nomeadamente, e em termos mais concretos, para os clubes da ilha das Flores presentes nesta prova: Minhocas e Boavista).
O Minhocas tem vivido tempos algo tumultuosos nas últimas semanas; senão veja-se: os jogadores iniciaram uma greve aos treinos (e também aos jogos) como forma de pressão para receberem os vários meses de salários que têem em atraso, na 5ª jornada teve (devido à greve dos jogadores) falta de comparência ao jogo com o Leões (de Porto Judeu, ilha Terceira) e, ainda, "na secretaria" (por penalização do Conselho de Disciplina da Federação) foram-lhe atribuídas derrotas [por 3-0] em três encontros da 1ª fase da série Açores (devido a permanência indevida no banco de suplentes [nesses 3 jogos] de elementos [que se encontravam castigados pela FPF]). Esses três jogos foram, a saber: Velense 3-0 Minhocas (5ª jornada em 24 de Outubro), Santiago 2-1 Minhocas (17ª jornada em 6 de Fevereiro) e Minhocas 0-0 Boavista (18ª jornada a 13 de Fevereiro); como se pode ver (em termos substanciais) pouco se altera (com essa decisão disciplinar federativa), apenas ganhando o Boavista mais 2 pontos e o Minhocas perde 1 ponto (não esquecendo a diferença de golos). Retornando ao tema da(s?) falta(s?) de comparência: o Minhocas deverá ser penalizado com derrota por 3-0 no jogo com 0 Leões (ainda que haja quem atribua derrota por 5-0 e que a FPF ainda não se tenha pronunciado oficialmente) e perderá [ao abrigo dos regulamentos federativos em vigor] o direito de continuar na competição se faltar a mais algum jogo.
Do Boavista já se sabe que ganhou esses 2 pontos "na secretaria" [do caso da penalização ao Minhocas], folgou na 5ª jornada e no passado fim-de-semana averbou (na 6ª jornada da 2ª fase) uma importante vitória por 3-2 face ao Capelense (em São Miguel). Na classificação temos que o Boavista contabiliza 28 pontos (no 2º lugar) e o Minhocas (em último) tem 6 pontos [e ainda: em 1º o Praiense com 34 pontos e em 3º e 4º Capelense e Leões com 20 e 18 pontos, respectivamente]. De frisar, e por último, que tem sido aventada a hipótese de descida aos campeonatos de ilha não apenas dos 3 piores classificados do Grupo de Despromoção mas de até o 2º classificado ser despromovido (no caso do Santa Clara descer à 2ª Divisão); verificando-se isso, ficaria algo difícil a situação [manutenção na série Açores, entenda-se] do Boavista.
Saudações florentinas!!

Passadas as férias escolares da Páscoa, eis que A Jangada - Grupo de Teatro retoma as [últimas] sessões de "Nunca nada de ninguém", uma adaptação do original de Luísa Costa Gomes, com encenação de Joaquim Salvador [peça que havia tido estreia em 12 de Março], sempre às 21h30 e no auditório da sede do Grupo Desportivo "Os Minhocas" [veja-se, à direita deste texto, uma imagem tirada nos ensaios]. Do encenador da peça [Joaquim Salvador] reproduzimos [abaixo] um seu texto acerca desta peça:
"Nunca nada de ninguém" é um texto inteligente e com uma panóplia variada de personagens que se cruzam diariamente connosco na rua, no restaurante, nas festas que frequentamos e até na nossa casa.
Este espectáculo coloca-nos frente a frente com o espelho que reflecte a sociedade moderna em que nos inserimos. Tal como marionetas manipuladas por vultos escondidos na sombra, também nós nos encontramos presos a fios invisíveis que nos manipulam e controlam a nossa existência quotidiana. A carga emocional de cada personagem é de uma riqueza que nos deixa a pensar.
Este espectáculo não é para o espectador gostar, mas para se interrogar e reflectir, pois cada vez é mais importante responder a questões que nos intrigam: "De onde venho?", "Para onde vou?", "O que faço aqui?".
"Nunca nada de ninguém" é uma aposta ganha por A Jangada - Grupo de Teatro. É um risco escolher um texto urbano, moderno, diferente, e de uma autora portuguesa do séc. XXI.
Esperamos que apreciem e meditem sobre o desafio que nos propusemos realizar a pensar num público cada vez mais exigente e conhecedor das artes de palco.
Á Jangada e aos actores: obrigado por mais uma vez confiarem no meu trabalho e entrarem comigo nesta loucura. Já me sinto um pouco de vós, e vocês já fazem parte de mim...
"- Mas porque é que temos de falar sempre sobre tudo?".
Por último, relembre-se o Festival de Teatro Inter-ilhas, a decorrer de Abril a Julho em várias ilhas dos Açores (entre as quais as Flores).
Saudações florentinas!!

A edição on-line do jornal desportivo Record traz esta notícia:

"Os jogadores do clube açoriano Minhocas estão a viver momentos dramáticos. Com os ordenados em atraso, uma direcção [do clube] ausente e condenados a descer de divisão, os atletas optaram por fazer greve aos treinos. A greve começou há quinze dias e agora o clube poderá averbar uma falta de comparência no jogo de hoje [ontem, domingo] com o Leões. Os atletas estão preocupados com a actual situação do clube da ilha das Flores, a participar pela primeira vez numa prova nacional. A grande maioria dos jogadores é do Continente e, para aceitarem viajar para as Flores ([ilha] com cinco mil habitantes), foi-lhes prometido "grandes contratos". Só que a direcção [do Minhocas] está a sentir dificuldades em pagar os ordenados aos jogadores e o clube poderá ser desclassificado se somar duas faltas de comparência na Série Açores da 3ª Divisão. Os atletas estão a aguardar pela assembleia geral, marcada para o próximo dia 5 de Abril [amanhã], para se tentar resolver os problemas com os ordenados em atraso e regressarem ao trabalho."

Sendo assim, a quem são atribuídos os pontos?